terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Sempre

Por Denise Fernandes




Nos meus surtos, nos meus tombos
 
quando esperam de mim

muito mais do que consigo ser
 
nos meus escuros, nos meus ossos
 
a dor queima e me abre
 
para um outro amor renovado
 
também tumor esfera enigma
 
o que não esqueci são as risadas
 
e os choros que chorei, baixinho,
 
tentando não acordar as almas,
 
as pessoas amadas e distantes de mim,
 
sem saber o porquê das lágrimas
 
dos risos
 
fugirei de palavras vazias
 
plantarei nessa terra mesmo
 
sem esperar que façam o inventário
 
da minha dor poética
 
bem debaixo dessa janela
 
o Tempo floresce em delicadas estações.
 
Você pensa que nada muda,
 
e se engana,
 
negando a força desse novo galho
 
alicerce
 
de tudo sempre mudando.
 

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