quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

No Time

Por Daniella Caruso Gandra




Toda fase carrega um tempo,
tempo de mocidade e de maturidade,
em que muitos, sem nenhum jeito,
pairam sem sair do lugar...


Em face desse adormecimento, fazem várias viagens,
mas algumas coisas não mudam, só mesmo as marcas do tempo.


Hábitos arraigados, acumulados, ligados no automático,
medos ocultos, distanciando a ideia de ser inteiro, absoluto
e a solidão formando um dueto, ecoando por dentro
uma letra cujo refrão não faz sentido pra viver de outra forma então.


Hoje, uns usam o tempo como desculpa pra relevar a própria clausura,
ausentando-se em cumprir sonhos, desejos, e até pormenores fora de si.
Outros preferem fantasias à materialização da poesia,
num torpor que os cega para enxergar e sentir
na própria pele toda a magia.


Não há que se esperar a festa,
nem buscá-la,
mas atraí-la com jeito acolhedor,
pensar, sentir e fazer como se celebrando estivesse.

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