Por Mayanna Velame
Definitivamente, acho sagrado o momento de qualquer
refeição. É por isso que gosto da hora do almoço nos dias de domingo. Porque
toda a família tem a oportunidade de reunir-se e sentar-se à mesa – desprovida
de qualquer preocupação que a semana trouxe.
Até mesmo um lanche rápido, com alguns amigos num shopping,
não deixa de ser um evento singular. Visto que oferecemos alguns minutos da
nossa atenção e companheirismo.
Penso também que estar à mesa nos remete a algo
extremamente social já que, muitas das vezes, precisamos ter uma dose de
etiqueta e bom comportamento.
Temos a chance de colocar as conversas em dia, discutir
os mais variados assuntos, falar do mundo e dos fatos mais importantes e banais.
O ato de sentar-se à mesa é especial. Não apenas pelo
motivo de termos o que comer e beber. Mas pela circunstância de termos, ao
nosso redor, as pessoas que convivemos e amamos. É uma ocasião que simboliza
união e celebração.
Talvez seja essa a causa que sempre me fez refletir sobre
a passagem bíblica que relata a Santa Ceia de Cristo (episódio maior do
Cristianismo). O Filho de Deus jamais poderia deixar de compartilhar sua última
refeição com os doze apóstolos; homens comuns que acompanharam dia a dia seus
passos aqui na Terra.
Cristo poderia se isolar de tudo e de todos, antes da sua
morte e ressurreição. No entanto, Ele fez questão de socializar, ao redor de
uma mesa, os acontecimentos que muito em breve iriam suceder. Proferiu sobre o futuro
traidor, desencadeando uma série de contendas entre seus discípulos. E, por
fim, fez referência ao pão e ao vinho – em memória de seu nome.
É, leitor, quando estamos sentados à mesa,
muitos eventos podem acontecer: pedidos de casamento são feitos, negócios são
realizados, taças são erguidas no ar, confissões são ouvidas, olhares se
encontram e crônicas podem ser escritas.
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