Por Denise Fernandes
volto para
casa vazia
difícil
tarefa.
o oco, o
vaso, o planeta
perplexo.
olho para
as paredes
estão ocas!
ou são os
gatos de Poe,
ou são as
histórias que você me contou,
os cantos
que me ensinou.
que agonia.
sinto minha
pele que podia ser tua
mas rasgo o
ar;
cavo o
espaço futuro chorando baixinho
e sou quase
feliz por me sentir assim
sem nexo.
volto para
casa vazia
e ela é
toda minha:
fumegante,
enchendo o oco
que você
deixou.
olho para
as paredes vazias
mas são
espelhos de mim
não
choro porque sou quase feliz.
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