Por
Rosimeire Soares
O ser humano procura angariar fatos e
sonhos para que motivem sua existência. Formatura, sucesso profissional, amor
perfeito são objetivos em diversas fases da vida.
Porém, nessa constante busca, não tardam
para as adversidades aparecerem e as concessões que fazemos são mínimas. Assim,
multiplicam-se os momentos em que temos que demarcar a nossa posição e fazer
valer nossa razão.
Razão. Se a temos notoriamente,
transfigura-se a comodidade de que somos abastados. Se temos de reforçar essa
razão, se temos de prová-la, denota o quão frágil ela é. É melhor ser feliz.
Para ser feliz temos de buscar
motivações que neutralizam sentimentos de angústia e falta de norte. Em muitos
momentos a razão que poderia ser a âncora deve ser deixada para um momento
posterior. Ser feliz é agora.
É melhor ser feliz em detrimento da
razão. Se mantiver a razão, mas amparada pela dúvida e descrédito, melhor é
perdê-la e cultivar a paz interior.
Ser feliz é decisão. Ao decidir ser
feliz, o indivíduo deve camuflar ou ignorar algumas razões e, inclusive,
liberar perdão. Quem quer provar que está provido de razão e guarda rancor está
perdendo a oportunidade de fazer da serenidade seu forte aliado. Perdoar é mais
importante do que ter razão.
Ao desejar provar seu posicionamento,
descobre-se que ser muito autêntico é expor-se demais e tornar-se vulnerável –
descobrir que não se é importante em todos os lugares e para todas as pessoas.
É preciso estar convicto de que sua
razão pode não ser razão para outrem, por isso, impô-la pode colocá-lo num
terreno instável, provocando infelicidade. Melhor não ter razão!
Caso os enunciados desse artigo causem
inquietações, refutações, tudo bem. Prefiro ser feliz!
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