Por Alex Constantino
Outubro marca duas datas importantes ligadas a duas figuras revolucionárias mundialmente conhecidas.
Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi, nasceu em 2 de outubro de 1869 e é considerado o idealizador e fundador do moderno Estado indiano, feito que conseguiu atuando como o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão), uma forma de protesto não violenta que foi utilizada como meio de revolução.
Gandhi conseguiu reunir o povo indiano, marcado por profundas diferenças religiosas e sociais, em atos de desobediência civil em massa em que tinha como programa a igualdade, o não uso de álcool ou drogas, a unidade hindu-mulçumano, a amizade e a igualdade para as mulheres.
Estes cinco pontos representavam os dedos de uma mão e estavam ligados pelo pulso que simbolizava a não violência. Com sua determinação firme se opôs pacificamente contra o domínio inglês conseguindo a independência indiana.
Por sua vez, o dia 9 de outubro é lembrado como a data da morte de Ernesto Rafael Guevara de La Serna, o “Che Guevara”, um dos principais ideólogos e líderes da Revolução Cubana, que se utilizou da luta armada e foi morto tentando estender a guerrilha revolucionária pelo “Terceiro Mundo”, em especial pela América Latina. Posteriormente à sua morte, sua figura se tornou um ícone do movimento contracultural e sua imagem é uma das mais reproduzidas no mundo, notadamente em caráter simbólico, representando determinadas ideologias políticas.
Segundo informações levantadas pela Cuba Archive, uma associação cujo objetivo é levantar dados sobre as violações de direitos humanos em Cuba, Che Guevara, um médico (que portanto havia realizado o juramento de Hipócrates) comandou pessoalmente centenas de fuzilamentos. Além disso, segundo o escritor Paul Berman, ele fundou o sistema cubano de campos de trabalho forçado que foram, posteriormente, utilizados para manter cativos dissidentes, homossexuais e vítimas de Aids.
Vendo a forma como ambos escolheram lutar soa oportuna a coincidência de que num mesmo mês se comemora o nascimento daquele que valorizava a vida e a morte daquele que optou pelo conflito armado. Pena que o segundo estampa mais camisetas do que o primeiro como verdadeiro ícone revolucionário.
Nenhum comentário :
Postar um comentário