Por Alex Constantino
A busca pela igualdade sempre ocupou uma posição proeminente nas principais reivindicações dos movimentos revolucionários. Chegou a se tornar parte do lema da Revolução Francesa e ainda integra o discurso dos mais diversos movimentos sociais.
Em que pesem os avanços sociais que surgiram sob sua égide, principalmente em relação aos direitos humanos, não parece que hoje ela possa servir como força motriz do ideário necessário para êxito nas etapas seguintes.
Pelo menos não com o mesmo sentido que lhe foi emprestado anteriormente. Vista em termos mais absolutos, a igualdade, em si, não representa qualquer benefício, porque, mais preocupada em igualar as condições, tanto faz se isso ocorre nos níveis mais altos ou mais baixos. O importante é que todos estejam na mesma situação, independentemente de qual seja ela.
É por isso que, vista sob um ponto de vista mais pernicioso, justificou a ocorrência de um fenômeno de massificação cultural (que inclui aspectos econômicos, sociais, comerciais, educacionais etc), qualificado pela mesmice e falta de individualidade.
Assim, sua força só pode permanecer se tomada não como igualdade de condições, mas sim como igualdade de oportunidades.
Ela não pode se satisfazer com a luta para que todos tenham direito de alcançar o mesmo destino, mas com o esforço para que todos tenham direito de ter o mesmo ponto de partida. E daí cada um escolhe aonde quer chegar.
É o respeito pela diversidade. Ao contrário do que pode parecer, ela é muito mais igualitária do que a velha ideia de igualdade.
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