sábado, 7 de março de 2020

Velha estampa

Por Meriam Lazaro




Chuva em telhado de zinco
Pinga e não molha a saudade.
Velha estampa e domingos...
Da missa, a novidade.


De quando havia flamingo
Na praia, sonhos debalde,
Mirando o verde absinto,
Qual pescador de verdades.


Princesa, em flor e brinco,
Vestindo suavidade...
Agulha arranhando o disco
Cantando a mocidade.


A nostalgia que sinto
De andar na praça à vontade,
Caminhos que, eu não minto,
Eram da bela da tarde.

Nenhum comentário :

Postar um comentário