domingo, 11 de junho de 2017

Cigana

Por Oswaldo Antônio Begiato




Ainda tenho guardada
na caixinha envernizada
de minha memória infiel
a imagem da moça,
vestindo saia longa e alaranjada
feito uma cigana,
lendo minha mão
e entendendo meu coração.


Sempre me dava um conselho:
 Tome sempre duas;
a primeira é para tirar
o pó da garganta,
a segunda é para fechar
o corpo.


Desde então,
nunca mais fui infeliz.

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