Por Meriam Lazaro
Imagem: Vincent van Gogh |
Duas crianças, separadas na infância, voltaram a
conversar 25 anos depois. Na conversa por telefone, como dois estranhos,
ensaiaram perguntas corriqueiras; até que o riso comum apagou, num toque de
mágica, o tempo (e eles sentiram-se irmãos de sangue novamente).
Não é essa a história do livro, mas vi episódio semelhante ao
retratado acima. O riso tem o efeito estimulante da memória sobre o tempo na
vida das três crianças que se tornam
amigas inseparáveis. A heroína, Mary, órfã oriunda da Índia, veio morar na
propriedade de um tio na Inglaterra. Colin, menino tão arrogante quanto sua
prima Mary, vivia isolado num quarto do casarão; azucrinando os empregados de
seu pai. Somente Dickon – dois anos mais velho que os demais – a todos
encantava com sua afinidade pelas plantas, animais e pessoas.
Cercada por hortas, pomares e jardins, a propriedade carregava
a sombra de um luto de uma década; cultivado com muita tristeza e silêncios.
Mary ouve a respeito da tragédia ocorrida num dos jardins murados, mas ninguém
sabe onde fica a porta cuja chave foi enterrada. A descrição de cenas da
natureza é deslumbrante: floração, plantio, diversidades das estações,
jardinagem (despertando o interesse de qualquer criança). O filme
também é imperdível.
A história é linda. A mensagem é eterna. Apresenta-nos a
mágica do pensamento positivo que, imagino, teve seu início no período em que a
autora viveu: final do século XIX e início do século XX. Ela nasceu na
Inglaterra em 1849, mudou-se para os Estados Unidos, voltou à Inglaterra e
depois migrou novamente aos Estados Unidos, onde veio a falecer em 1924.
Livro: O Jardim Secreto
Autor: Frances Hodgson Burnett
Editora 34
Autor: Frances Hodgson Burnett
Editora 34
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