sábado, 17 de setembro de 2016

O jardim secreto

Por Meriam Lazaro


Imagem: Vincent van Gogh


Duas crianças, separadas na infância, voltaram a conversar 25 anos depois. Na conversa por telefone, como dois estranhos, ensaiaram perguntas corriqueiras; até que o riso comum apagou, num toque de mágica, o tempo (e eles sentiram-se irmãos de sangue novamente).


Não é essa a história do livro, mas vi episódio semelhante ao retratado acima. O riso tem o efeito estimulante da memória sobre o tempo na vida das três crianças que se tornam amigas inseparáveis. A heroína, Mary, órfã oriunda da Índia, veio morar na propriedade de um tio na Inglaterra. Colin, menino tão arrogante quanto sua prima Mary, vivia isolado num quarto do casarão; azucrinando os empregados de seu pai. Somente Dickon – dois anos mais velho que os demais – a todos encantava com sua afinidade pelas plantas, animais e pessoas.


Cercada por hortas, pomares e jardins, a propriedade carregava a sombra de um luto de uma década; cultivado com muita tristeza e silêncios. Mary ouve a respeito da tragédia ocorrida num dos jardins murados, mas ninguém sabe onde fica a porta cuja chave foi enterrada. A descrição de cenas da natureza é deslumbrante: floração, plantio, diversidades das estações, jardinagem (despertando o interesse de qualquer criança). O filme também é imperdível.


A história é linda. A mensagem é eterna. Apresenta-nos a mágica do pensamento positivo que, imagino, teve seu início no período em que a autora viveu: final do século XIX e início do século XX. Ela nasceu na Inglaterra em 1849, mudou-se para os Estados Unidos, voltou à Inglaterra e depois migrou novamente aos Estados Unidos, onde veio a falecer em 1924.


Livro: O Jardim Secreto
Autor: Frances Hodgson Burnett
Editora 34

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