A cidade espelha cores dentre muros, cachaça e
dissabores,
ressignificando estados trágicos,
envergando-se de planícies desestimulantes,
carecendo de leveza, ternura, sobremesa, pelo pouco apetite que apresenta.
ressignificando estados trágicos,
envergando-se de planícies desestimulantes,
carecendo de leveza, ternura, sobremesa, pelo pouco apetite que apresenta.
O seu céu em tom de azul oculta trevas acesas,
desmerecendo cada gota que a inunda.
desmerecendo cada gota que a inunda.
A terra que a água molha se soma a securas labiais
numa melodia que soa ais, num despejo de si mesmo,
recôndito de mortais.
numa melodia que soa ais, num despejo de si mesmo,
recôndito de mortais.
Mas permite labaredas em alguns cantos, obtusos locais,
tão logo, prova que tudo é perene.
tão logo, prova que tudo é perene.
E quando se cala, evoca todos os temores como refúgio das
dores,
tornando-se o marca-passo de um pulsar descompensado, despressurizado.
tornando-se o marca-passo de um pulsar descompensado, despressurizado.
É comum percebê-la na tortuosidade, ou na inconformidade,
pois os danos são por ora irreparáveis, embora vistam-na de camuflagem.
pois os danos são por ora irreparáveis, embora vistam-na de camuflagem.
Cidade que ladra, morde, mata.
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