Por Oswaldo Antônio Begiato
Quando eu me encontro comigo mesmo
Dentro de minha consciência,
Acontece ali um duelo de vida e morte
Entre minha alma boa e meus ímpetos ruins,
Onde não há vencedor, apenas extenuado.
Preciso criar coragem e perder o escrúpulo.
Aprender a lutar comigo mesmo buscando a paz
Escondida no equilíbrio do bem e do mal,
Como se eu fosse dois usando a mesma armadura.
Há males que vêm para o bem; a derrota.
E há bens que vêm para o mal; a vitória.
Até aonde vencer uma batalha é coisa boa?
O sol hoje vai nascer às seis e trinta e três
E se pôr às dezoito e trinta e seis.
Recolherá pela manhã com seus braços de calor
O orvalho que a noite deixou esgotado sobre as folhagens,
E ao se pôr à tardinha devolverá à noite
O orvalho, agora purificado, forte e apaixonado
Para se cumprir mais uma rotina:
- Amar com seu frescor a noite que se encherá de estúrdia.
Quem sabe eu me encontrarei na busca inglória do aprumo!
Tenho desde o nascer até o pôr do sol para descobrir meu eixo.
É dessas coisas que meus dias são extraídos. Santamente extraídos.
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