Por Meriam Lazaro
BELA, cansada da traição do marido, pediu o divórcio. Sentindo a melancolia da casa vazia após o trabalho, voltou a estudar. De origem italiana, queria conhecer Veneza, razão da escolha do curso. Após as apresentações no primeiro dia de aula de italiano, a professora indicou recursos extras para auxiliar no aprendizado da língua de Pavarotti. Optou pela internet, entrando num “chat” para conversar. Primeira pessoa com quem conversou foi aquele que, dois anos depois, seria seu marido e passaporte para adquirir dupla cidadania. Além de aprender o idioma, estudou, em detalhes, o belo italiano.
DONA estudou sem cessar o ano inteiro para ingressar na faculdade. Tímida, desde o início da adolescência nunca havia namorado, salvo pela internet para treinar “I Love You”. Depois do primeiro ano de faculdade, os pais lhe patrocinaram um ano sabático. Viveria em outro país para praticar o inglês. Foi logo ali, na Austrália, para estudar. Mais alta que a média das moças, ficou feliz por ter encontrado o par ideal, um inglês, com quase dois metros de altura. Infelizmente, chegou a hora de voltar para seu país e despedir-se dele. Retomou a faculdade, enquanto nas horas livres conversava pela internet com seu lorde. Numa das conversas, ele perguntou: - Qual o seu maior desejo neste momento? Sem titubear, respondeu: - Que você estivesse aqui comigo. A campainha tocou. Ela foi abrir a porta. A surpresa havia sido combinada com os pais da moça. Casaram-se antes do visto de permanência dele vencer. Formada, mudou-se para Leipzig, onde reside com o seu inglês e estuda alemão.
ROSINHA, viu as primas tão bem casadas, quis imitá-las. Tratou de arranjar um marido pela internet também. Como era preguiçosa, nem pensou em estudar. O outro idioma ficava por conta da linguagem do Orkut: "naum", "tc cmg", "blz", "me add" e outros diálogos marotos. Logo conheceu alguém. Tecla daqui, tecla dali, para fugir do clichê, não trocaram fotografias. No encontro às escuras, ou melhor, à luz do dia no parque, se reconheceriam pelo coração! As coordenadas eram: cor de roupa, cabelo, altura, mochila. Mas, Cravo (apelido romântico) era feio como o demônio com dor de barriga. Rosinha passou indiferente e ao longe, renegando o pobre diabo ao computador, de onde nunca deveria ter saído.
Afinal, são apenas dois amores...
Essas coisas acontecem... Para uns dão certo, para outros nem tanto. Gostei beijo de zélia
ResponderExcluirGrata, Zélia. As duas primeiras histórias são verídicas, com a devida alteração para não identificar os personagens na vida real. Gostei mesmo foi de sua visita tão querida. Beijo
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