Por Meriam Lazaro
Entre a espada e a parede
há arranjos de sombra e de contentamento.
Mescla de eternidade e de murmúrio
nas mãos de quem escreve
e ousa fantasmas caiados
para erguer da pedra,
em lança viva, a palavra.
Rubra-lágrima somente aos olhos daqueles
que com os anjos comungam sentimentos.
Paredes que ouvem do cotidiano
regência de flores, colibris e folhas,
disciplina e ilusão,
reverberando a vida em sintonia incrível.
Espadas que convertem o choro, quando a dor vacila,
em lampejos do sem tempo,
qual borboleta livre do casulo informe...
Entre a palavra e o significado
há vertentes caudalosas
de quem sente gotejar a vida
em intensidade e calma.
Depois, serenamente, persegue,
com ares de inocência o Amor não perecível.
Lindo poema! O poeta, com a magia das palavras, dissolve a sombra na parede em misteriosas nuances de sentimento. Abraço, Lisy
ResponderExcluirLisy, grata pela presença aqui no Texto de Garagem. Convido a ler os demais colegas quando tiver um tempinho. Não irá se arrepender! Bom domingo! Meriam
ExcluirNa voz da poeta as palavras não são só palavras nada mais do que palavras, elas fazem sentido e mesmo que arrancadas das pedras recebem polimento e transformam-se em poesia plena.
ResponderExcluirGrata, Zélia, minha amiga e irmã do coração. Este texto é antigo e quase não o reconheci como meu ao selecionar para publicação aqui no Texto de Garagem. Passa o tempo, a gente vai mudando a caligrafia, às vezes acontece um estranhamento. No entanto, depois de terminar a leitura vi que realmente era a minha letra. Beijo, Meriam
ExcluirAmiga, este belo poema é a sua personalização. Vc é toda essa beleza descrita por vc mesma. Continue a escrever com essa facilidade singela e profunda que Deus Pai lhe deu. Beijos da Mariza
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