segunda-feira, 23 de novembro de 2020

originalis

Por Ana Paula Perissé




quero-te escrever
o quê ainda já foi escrito
nunca
do passado em espiral
para sempre


versos como notas
em quase
resquícios
de extravasos
de olhares e sentires


notas como prosas
musicadas
por teus olhos
tímidos
em flutuações verdes
vívidas
acordes dissonantes
línguas distantes
semelhantes
em mímeses
de ideias discordantes.


quero-te na dessemelhança
que nos une
o universo
no mistério
do Uno
em vários
tempos idos
devires
entrelaçados
da origem
de sermos
o desconhecido.

Nenhum comentário :

Postar um comentário