Por Denise Fernandes
deu tudo errado, deu
nascemos de óculos, quase às cegas,
tateando um mundo desconhecido
e nos disseram que precisávamos de olhos
muitos olhos para ver o mundo
então, na névoa de mim
percebi o desvio lógico de nossa natureza
imperfeita
carente de drogas e de espaços para naufragar
somos nós outros
dando gracias a la vida
mas sem enxergar aquilo que querem que enxergamos
com medo do futuro
negro incerto imperfeito
com a morte prisioneira de nós esperando
sua vez
o que vejo é suficiente
e os óculos são também para que eu seja vista
com esses olhos dos outros,
que eu preferia esquecer.
no silêncio do escuro,
lembro que não vejo e isso é feliz
sangue quente nas veias
me sinto um tigre que acordou na Cidade
de óculos.
nascemos de óculos, quase às cegas,
tateando um mundo desconhecido
e nos disseram que precisávamos de olhos
muitos olhos para ver o mundo
então, na névoa de mim
percebi o desvio lógico de nossa natureza
imperfeita
carente de drogas e de espaços para naufragar
somos nós outros
dando gracias a la vida
mas sem enxergar aquilo que querem que enxergamos
com medo do futuro
negro incerto imperfeito
com a morte prisioneira de nós esperando
sua vez
o que vejo é suficiente
e os óculos são também para que eu seja vista
com esses olhos dos outros,
que eu preferia esquecer.
no silêncio do escuro,
lembro que não vejo e isso é feliz
sangue quente nas veias
me sinto um tigre que acordou na Cidade
de óculos.
Nenhum comentário :
Postar um comentário