sábado, 30 de julho de 2016

Disfarce

Por Meriam Lazaro




Só pra ela (sua musa) se cumpria a serenata!
Sob o pórtico, na rua, o trovador disfarçava
Ser o canto pra donzela que o malmequer desfolhava.


Desde outrora, a moça feia ouve o cravo à janela.
Mariposa que se queima na chama fria d’uma vela,
Como se fosse alheia à virtude da espera.


Noite alta, ele cantava, só pra ela, sempre alva...
Indiferente e etérea – sua musa – a Lua bela!

Nenhum comentário :

Postar um comentário