Por Denise
Fernandes
O que mais
me assusta nessa pessoa é a sua impossibilidade.
Quando ela
partiu, esqueceu-se de levá-la.
Sinto-a no
ar que respiro.
É o terror
que me impele a olhá-la todo dia, de frente.
Como se
fixa o oceano, entre a terra e o Céu.
Diante
dela, minha força se esmaece.
Mas como
poderia eu enfrentá-la,
Se não a
mirasse?
Tenho medo.
Minha
imaginação é um túmulo para esta quimera.
Está na
foto, mas vai além.
Seus sonhos
não são meus.
Suas ideias,
só suas.
Sua
impossibilidade é o limite.
Somos
completamente diferentes.
Minha gata
velha me ensina a ter coragem e paciência.
Tudo que é
passado é tão mais bonito.
Penso nisso
e já me arrependo.
A gata
finge não ter memória.
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