Por Daniella Caruso Gandra
Graças damos ao que nos atinge em cheio: o coração na
contradança com a razão, em embalos sonoros a camuflarem abalos silenciosos.
Tudo ao redor é volátil, na memória jaz; o que hoje
coincide, amanhã, só quimeras, já que a vida é um ensaio a perdurar...
Momentos flutuantes que arrancam o riso, tiram sarro dos
sentidos, formando abismos. Emoções a usurparem a certeza casta, hoje, já nem tão
inabalável, brindando o funesto antes desconhecido.
Na fugacidade do tempo, sou anti-heroína, num recreativo
antagonismo, em permanentes cismas diante do transitório, a socorrer-me na
vastidão que habito, xérox de mim.
Ao se extinguirem os versos da poesia hipotética, em
contato com lambedores de egos, insuflarei o que há de recente, transpondo venturas,
sem ser inconsequente.
Pois pouca é a expectativa que nos testa no findável, em
ritmos cardíacos um tanto tardios, a evocarem nossa presença no agora,
admoestando o dorso que por ora faz festa e depois, história.
O tempo e sua fugacidade...ótimo texto!
ResponderExcluirAbraços,
Mayanna