Por Alex Constantino
A contracultura surgiu na década de 60 do século passado como um movimento que manifestava inconformismo com a realidade social e cultural da época. Seu principal objetivo era contestar o status quo e romper com todos os hábitos, pensamentos e comportamentos da cultura dominante.
Como movimento teve sua importância histórica, mas uma existência datada. Todavia, pode ser tomada de forma mais geral como um espírito crítico que se opõe à ordem social e/ou cultural vigente.
Se pensarmos que nos dias de hoje a realidade social está cada vez mais próxima de consolidar os valores defendidos naquela época como o respeito às minorias, à liberdade sexual e amorosa, conscientização ambiental, cultivo da paz e bem-estar comunitário, parece que, atualmente, ser adepto da contracultura é contestar todos esses avanços sociais.
Portanto, contestar o pensamento dominante (ainda que não seja a prática dominante), hoje, significa, por exemplo, ser intolerante às recentes decisões judiciais quanto as relações homoafetivas e homoparentais. É negar a existência e legitimidade da multiplicidade de projetos de vida, querendo impor apenas um como o correto.
Soa até estranho, mas adotar uma posição contracultural nestes dias é um ato de grande conservadorismo e, porque não, bem careta.
O QUE É CONSERVADORISMO OU UM IDIOTISMO CULTURAL ESTAGNADO SE RETROAGINDO DENTRO DE CONCEITOS PSEUDO CONTEMPORANEOS?
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