Por Alex Constantino
O beijo é amor sólido. Preso. Diluído. Previsível em formas e possibilidades, cada uma com seu protocolo e regras de etiqueta bem rígidas, todas elas forjadas no seio de uma sociedade mononuclear patriarcal heterocentrista.
Tem um tipo de beijo para as mães e outro para os filhos. Tem um para os irmãos e outro para os amigos. Todos eles são bem diferentes daquele reservado para os casais.
Tem até mesmo o beijo heterossexual e o beijo homossexual. Este último pode ser o beijo homoafetivo (casais) e homoparental (família), com nome de remédio tarja preta e, como este, com tolerância restrita de uso.
Já o abraço é amor líquido, fluindo livre sem formas, rótulos ou regras. É um só e muitos, porque a criatividade é o limite e, em qualquer alternativa em que se apresenta, expressa o amor em toda sua intensidade.
Não tem um abraço apropriado para mães, filhos, irmãos, amigos, casais. Não tem um abraço heterossexual e outro homossexual. Existe simplesmente o abraço.
Eu gosto mais do abraço. E você?
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