quarta-feira, 1 de junho de 2011

Abaixo da Superfície

Por Fabio Ramos


Sonho = manifestação do inconsciente.
Supondo verdadeira tal premissa,
o que pensar de mim?

Quase nunca sonho.
Essa noite foi uma exceção.

Não imagino porque raios
eu acompanharia um garoto desconhecido
num passeio ao parque
(porém, esta cena me ocorreu).

De repente, cadê a criatura?
E como justificar o desaparecimento da peste
para sua preocupada matriarca?
Freud veria sentido na falta de sentido?

Outro dia, sonhei com o recebimento
de dinheiro vivo.
Alguém me estendia cédulas amarrotadas
(desconheço o valor
e desconheço o motivo do obséquio).
O que Kerouac acharia disso?


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