domingo, 1 de dezembro de 2019

Ilhéus

Por Oswaldo Antônio Begiato




Pescadores de maré baixa, pescadores de maré alta!
Tragam em suas redes preciosas
O fio negro da crina do cavalo Branco de Napoleão,
A ponta de dois gumes da estrela cadente,
A varinha de condão da fada sininho,
A moeda de ouro do pote sob a extremidade do arco-íris
Porque o pôr do sol se fará belo como Cleópatra
E me farei por ti, Ilhéus, apaixonado como um transeunte desassossegado.


Mario Quintana, o gaúcho, que a essa hora se esbalda de céu,
E pouco caso faz do tempo
Deixando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas,
Adoraria a Bahia.
 Na Bahia o tempo não tem a menor importância
Porque o céu chegou primeiro aqui, e aqui se rimou todo.

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