Por Oswaldo Antônio Begiato
(Para Niquinho, amigo de boteco)
Jaz aqui minh'alma desconsolada
Cujo corpo frágil partiu-se em muitos,
Cujo corpo partiu-se para sempre.
Jazo eu aqui, sem corpo e sem alma.
No contundente silêncio da morte
Jazem insepultos os pensamentos,
As flores semeadas pelo vento
E os vermes espertos comendo a carne.
No momento preciso foi-se a vida,
Carregando dentro dela os sonhos,
As esperanças bobas e as angústias.
Foi-se após um longo tempo de dor.
Sofrimento, deixai a morte em paz!
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