Por Meriam Lazaro
Indico, dessa vez, o trio calhamaço. Considero calhamaço uma
obra acima de 500 páginas. Normalmente escritos numa época em que não havia a
indústria do entretenimento (como há hoje). Alguns publicados em periódicos e,
só depois, reunidos numa publicação. É bom lembrar que, muitas vezes, as
histórias eram escritas à mão, no decurso de anos. A numeração não indica
ordem de preferência.
1. Guerra e Paz – Leon Tolstói
2. O Idiota – Fiódor Dostoiévski
3. Norte e Sul – Elizabeth Gaskell
2. O Idiota – Fiódor Dostoiévski
3. Norte e Sul – Elizabeth Gaskell
“Guerra e Paz” é um dos que mais assusta quem ainda não o
leu. Assusta pelo tamanho e, creio eu, também pelo título – que nos leva a
pensar numa descrição infindável de atos de batalha. É lindo. É Tolstói.
“O Idiota” me fez querer ler outro calhamaço: Dom Quixote
(leitura em andamento), um dos livros preferidos de Dostoiévski. Há pessoas que
o releem anualmente. Nesse sentido, ainda procuro meu suprassumo. O personagem
principal, príncipe Míchkin, seria uma mistura de Jesus Cristo e Dom Quixote. O
final da história é belíssimo!
Identifiquei-me muito com “Norte e Sul”, a começar pelo
título. Aborda o início da revolução industrial numa pequena cidade ao Sul da
Inglaterra, que vivia da fabricação de tecidos de algodão. O autor descreve a
mazela dos trabalhadores e as primeiras greves. Margaret Hale, a protagonista,
sai com sua família do Norte (verde e aristocrático) para o Sul (malvisto pela
ganância das indústrias, que tornavam a paisagem cinza e feia). O trabalho é,
para mim, o condutor da vida. Digo isso num sentido amplo de ocupação: atividade
dentro e fora de casa, estudo, hobby. Quem sabe ainda volto à faculdade para
concluir meu curso de Terapia Ocupacional. Enquanto isso, me ocupo com outras
formas de lavor, entre elas, o prazer da leitura.
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