quinta-feira, 26 de maio de 2016

Felicitações

Por Daniella Caruso Gandra




Temo que a felicidade seja como o vento, inatingível…
Desde a mais leve brisa, pois pouco dela sentimos,
a mais forte, quando muito, exígua,
eriçando pelos, dilatando as pupilas e o coração disparando,
mas absolutamente desafiadora.


O nosso exterior a experimentando…
Mas quando ares dela vão se dispersando, resta um vazio…
Fica-se frio, os olhos já não se inundam, e o coração apertando...


Há quem a espere extrema,
correndo o risco de nunca vivê-la.
Outros, nem sequer a imaginam,
num ato de desdém com a própria sina.


Mas também não há coragem que a surpreenda,
feliz pode ser o ato falho do herói fatigado pelas batalhas perdidas,
ou ainda, a recém descoberta de si numa encruzilhada sem escapada…


Momentos, na grande maioria, nascem de conveniências,
afastando o acaso ou o destino escrito pelas estrelas,
porque o ego toma à frente pra que a regra vença e a exceção seja piegas.


Natural, prum cidadão comum, indisposto a caminhar noutra direção, já que todos
estão cheios de hábitos, fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito,
ou apenas numa simbiose insofismável.


Criam expectativas, contudo.
Mas, ao que tudo indica, nada que a atraia definitivamente.
Talvez, ela inexista neste mundo, ou, quem sabe, seja uma ideia fixa pra arrebatar
a morte física, o fim de tudo, o contrapé da esperança,
a substantivação da figura divina…


Eu não sei…
Só ouço falar, já me enganei também…
E você, tem outra história pra contar?

Um comentário :

  1. Fantástico seria, se pudéssemos, quando quizéssemos, transformar esses ventos e brisas de felicitações diversas em um bumerangue de amor, para que o pudéssemos jogar em quaisquer direções e, ele pudesse retornar para nós, agregado de maior valor de amor, compreensão, novas experiências e ótimas vivências, para engrandecimento de nosso eu e amor próprio. Beijos do Pai.

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