Por Denise
Fernandes
Não, eu não
voltaria para minha juventude. Te esperar. Não encontrar. Prefiro agora. O
corpo denso, entregue, pesado. Gosto mais de nós mais velhos, mais covardes,
mais fortes. É melhor agora que a sabedoria mora em nossa casa.
O que fazer
se não tenho saudades. O coração chegava a doer. Agora bate tranquilo.
Se eu
tivesse que voltar, preferiria voltar para minha infância, a parte em que eu
corria nas noites de verão atrás dos vagalumes, e prendia-os no banheiro.
Depois sentava no escuro dentro do banheiro, olhando suas luzes, e me sentindo
muito feliz com isso. Esse é o momento para o qual valeria a pena voltar.
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