Por Oswaldo Antonio Begiato
Você vem cantando uma canção.
eu julgo ser uma antiga canção de amor
(você a canta sempre quando me entristeço).
Fala coisas e fala coisas e fala coisas...
mas eu não compreendo sua pronúncia.
É que você vem com a língua úmida
desesperadamente ávida por beijos.
Aí a beijo com minha boca sóbria
consumindo toda sua sofreguidão.
Devagar vou decifrando sua voz,
suas palavras brandas,
sua canção dando prazer aos sentidos...
Fala que me ama e que me ama e que me ama...
E eu a venero ainda mais por isso
e vou ficando com a língua úmida
e ávida...
...desesperadamente ávida
por beijos.
Desesperadamente ávida por seus beijos sagrados.
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