Por Denise Fernandes
Mês de bênçãos e iniciação
foi em junho que percebi
o Centro do meu coração.
Não era mistério, não era verdade,
era um mar.
Quando meu pai me ensinou a pescar,
me ensinou também a esperar:
espera rio, espera norte, espera um pouco tudo;
e não é música do Chico Buarque.
É fazendo silêncio, fabricando e tecendo
o silêncio das coisas e do próprio ser:
faz parte da pescaria.
faz parte da paz.
do junho que vivemos
e esse pelo qual sonhamos.
O jardim pede espera.
O mar ajuda a esperar.
Chacoalhando no peito
seu líquido viscoso e tão cheio de vida,
seu pensamento dinâmico cíclico absurdo,
me contenho como se o Tempo não existisse
e só houvesse junho, a espera e o mar.
Muito bom, Denise! Bjs.
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