terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Maria Julia Santander Drummond de Almeida

Por Denise Fernandes





Madrinha, de ti sou e me sinto tão bem

Amiga da sua mãe, comadre, tia do coração

Rica mesmo quando sem dinheiro

Indígena mesmo sem cocar

Aberta para o céu e para o mar



Joias que a vida me ensinou a guardar

Unidas aos meteoros que navegam pelo céu

Louca, muitas vezes, mulher-pássaro

Irmã de tanta gente

Ave com seu ninho cheio de filhotes



Sabrina, sua mãe, mulher guerreira

Alma de águia, coração de cabra

Novos tempos chegarão com as novas gerações

Tenta, sempre tenta, Maria

Acima da Terra, o Cosmos reina

Ninguém é totalmente sozinho

Dores são sempre passageiras

Esperanças são como flores

Ria com os frutos



Dádivas acontecem sem que a gente espere

Rio que navega só por navegar

Única e igual a todos, humana e trágica

Mulher, sempre mulher, melhor ser mulher

Mãe sempre mãe com meus filhotes

Ondas de amor que me invadem

Nuvens de sonhos que me acolhem

Dedos de crianças que me mostram o amanhã



Dia virá que riremos juntas

Espera o melhor, teme o pior



Asas nascem na nossa cabeça

Leite tem os seios sagrados

Matuta bem antes de agir

Escuta teu pai, que te quer bem

Imita o nenê que aprende

Divide o pão com teus irmãos

Ama mesmo sem entender o amor

Nenhum comentário :

Postar um comentário