sábado, 11 de abril de 2020

Cancioneiro

Por Meriam Lazaro




Cancioneiro galopante,
Na garupa, a viola.
Na porteira, o berrante,
Prende o grito estrada afora.


Gaiteiro, tão distante,
Sua amada foi embora.
Solitário e errante
Pensa no amor de outrora.


Vai sonhando que é amante
De uma Branca Flor d'aurora.
Lhe sorri por um instante,
Cavalgando sem demora.


Seu destino é ser andante,
Em mil léguas se descora.
Sua sina, caminhante,
É sonhar o amor de agora.

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