sábado, 15 de fevereiro de 2020

Canora

Por Meriam Lazaro




Sigo o caminho do vento...
Corro em nuvens de algodão.
Azuis, viagem e sentimentos,
Sobre a cabeça, a imensidão.


Vejo, da eternidade, o momento,
Desenho nas linhas das mãos.
Voraz, marca e sofrimento,
Traçado em velha constelação.


Toco o paraíso e o relento,
Ferida em véu de ilusão.
Veloz, em meus pensamentos,
Sob os pés, poeira e avião.


Canto, da graúna, o tempo...
Pintura em tela de devastação.
Atroz, persigo arrependimentos.
Da ave canora, voo a solidão.

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