sábado, 8 de fevereiro de 2020

As janeiras

Por Meriam Lazaro




Inda ouço as janeiras,
As estrelas e os balões;
Dos magos, as brincadeiras,
O andar das procissões.


Belas flores trepadeiras
Vejo acenar nos rincões,
Suaves manhãs primeiras,
Flautas e caramanchões.


Sem relógio na algibeira
Com poemas bonachões,
Ao léu, sem eira nem beira,
Invadindo os corações.


Amores pra vida inteira,
Carruagens e paixões,
Ou ilusões passageiras,
Platônicas solidões.


Saudações tão verdadeiras,
Abraçando as estações,
Inda ouço as janeiras
Sorvendo as recordações.

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