sábado, 19 de outubro de 2019

Ventre

Por Meriam Lazaro




Meu primeiro,
grande, terno, doce,
melancólico amor...
Mas para que tanto adjetivo
se mesmo sem rosto
tua ilusão
carrego comigo?
As tranças balançam
cordas, redes, berços.
Balanço para lá e para cá
pelos ponteiros diminutos.
Vulto sem nome,
invocação que vai e vem.
De tudo gesta o verbo amar.
Delírio de criação...
Palavra ao ventre.

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