domingo, 20 de outubro de 2019

Em lugar algum

Por Oswaldo Antônio Begiato




o teu olhar, um poço
fundo, fundo, fundo,
penetra meu pensamento
doce, doce, docemente
e fecunda minha alma
com o sêmen da ternura


e como as primaveras azuis
broto, broto, broto
e abotoo no canteiro das hortênsias
tenras, tenras, tenro
me apaixono pelo teu cantar
perdidamente perdido


sem saber mais quem sou
ando, ando, ando
a teu lado, de mãos dadas
terno, terno, eterno
na estrada que fim não terá
nem aqui, nem em lugar algum.

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