sábado, 3 de agosto de 2019

Torpor

Por Meriam Lazaro




Já cansei da poesia,
do delírio e de doer...
Mas, depois, por alforria,
digo para a alma mia
trazer uns bons canapés,
com amarela boemia,
que traduza cortesia,
pôr-do-sol e cafuné...
Ópio leve e brejeiro,
que me atice por inteiro
novos sonhos de amor...
E até um outro dia
de palavra arredia
em vingativo torpor.

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