domingo, 3 de setembro de 2017

Ana Bia

Por Oswaldo Antônio Begiato




Não me sejas Ana, sem ser Beatriz,
Nem me sejas flor, sem ter caule e raiz.
Não me queiras feliz, sem que sejas feliz
Escondendo-se sob este sisudo verniz,
Porque serei teu palhaço e te farei atriz
Capaz de me mostrar o riso e olvidar a cicatriz.


E não sejas Beatriz, sem ser Ana Bia,
Sejas-me antes saudades em vez de fotografia;
Do negro pai e da branca mãe a geografia
Porque és menina e trazes nas mãos a magia
E nos pés o caminho da mais bela travessia,
Enfermeira que és de minha enferma poesia.


Todos os dias, em poesias, em cantorias e romaria
Levar-te-ei no meu andor, e te cantarei Ana Bia,
Sob o olhar encantado da Virgem Maria.

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