quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Olhos de Lince

Por Daniella Caruso Gandra




Em seu ponto mais profundo foi atingido.
Pensou ser sua vulnerabilidade impermanente.
No entanto, foi com olhos de lince que a encontrou.


De alma selvagem, ofuscou tudo à volta dele,
Tomou sua atenção irreversivelmente.
Sangrando, já era vítima da sede.


E no tempo que não calculou,
Caiu na armadilha que ele próprio armou.


É só febre agora...
Sozinho, deduz onde faltou juízo.
Busca com ardor equilibrar sua dor.


Na penúria que o carrega na penumbra,
Relembra os passos que com os dela esbarraram.
E o alcançaram imprevisivelmente, atando-o eternamente.

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