Por Denise Fernandes
o mês inteiro de janeiro
acumulei essas chuvas
na alma na pele e ainda
me perguntei assustada
onde vão vocês que vão
vão para onde
nenhuma resposta
para tão boa pergunta
como se eu quisesse carona
na loucura alheia;
talvez eu tome outra cerveja
pensando em tomar alguma atitude
minha cachorra late diferente
nem todo mundo está contente
abro um velho livro e releio
o doce viver de janeiro:
a chuva a cerveja esses pensamentos todos
há um azul no céu mais que perfeito
prometa-me então o impossível
que será possível no ar de janeiro
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