domingo, 9 de junho de 2019

Finados

Por Oswaldo Antônio Begiato




Ninguém deveria ter seus parafusos
E porcas
E neurônios soltos
Por conta de estradas ruins
Que a vida constrói para nossa viagem.


Ninguém deveria perder nada;
Nem cabelos,
Nem olhos,
Nem a vista,
Nem o juízo.


Ninguém deveria adoecer.
Ninguém deveria sofrer a dor do envelhecimento.


E a morte deveria ser
Como se fosse a composição de nosso sonho final.
Serena como o amanhecer na primavera.

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