domingo, 28 de outubro de 2018

Pote d'água

Por Oswaldo Antônio Begiato




Quando o contentamento
ou a tristeza
fogem de suas medidas
razoáveis
perturbando minha serena
mas soberana paz interior
acabo por tomar três
ou quatro doses de uísque.


E assim vou levando
minha vida,
até quando a cirrose,
essa inconveniente madrasta
dos boêmios
resolver tomar conta
de meu fígado e
de minhas fugas
trancafiando-me dentro
de um pote d'água. Paciência!


Afinal, paz mesmo,
só se encontra na morte,
gota derradeira.

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