domingo, 10 de dezembro de 2017

O silêncio de quem ama

Por Oswaldo Antônio Begiato




Hoje serás apenas
O quadro breve pendurado na cerca
Que guia a estrada.


Não te querem amante
E não te querem mãe
E não te querem filha.
Eles te querem apenas mulher
Mundanamente retratada no quadro.
No quadro breve.


No quadro roto e mal pintado
Que um dia descuidado de suas obrigações
O destino pendurou entre os arames farpados
Da cerca que guia a estrada.


Enquanto isso, eu te amo... Breve e silenciosamente!

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