Por
Meriam Lazaro
Biográfico.
No livro, Nina relata como fez para enfrentar o luto após três anos da morte de
sua irmã. Com o apoio do marido e dos filhos, dedicou-se a ler um livro por dia
durante um ano e postar resenhas num site. Há citações de frases dos livros,
"resentários" de poucos deles e, no final, a lista com títulos e
autores. Ao efeito da leitura, a autora entremeia passagens de memórias e
projeções suas, de seus familiares, amigos e antigos namorados. Escrita apaixonada de
uma leitora, apresenta diversas questões desse mundo mágico e seus personagens
tão palpáveis como as pessoas do cotidiano.
Destaco a questão da delicadeza
que devemos ter ao comentar sobre um livro (que não gostamos) e que nos foi
ofertado por alguém (que o adorou). A falta de delicadeza pode melindrar quem o
ofertou, como quem ofereceu parte de sua alma e, assim, se vê pessoalmente
ofendido por nossas palavras. Naturalmente, isso me fez pensar o quanto quem
oferta o livro pode ser também generoso deixando em aberto a possibilidade de
quem o receba não gostar ou gostar sem o mesmo entusiasmo.
Palavras
de Nina:
"Somos aquilo que gostamos de ler e quando admitimos que adoramos um livro, admitimos que este livro representa verdadeiramente algum aspecto do nosso ser, seja o fato de sermos loucos por romance, ou por aventura, ou secretamente fascinados por crimes".
"Somos aquilo que gostamos de ler e quando admitimos que adoramos um livro, admitimos que este livro representa verdadeiramente algum aspecto do nosso ser, seja o fato de sermos loucos por romance, ou por aventura, ou secretamente fascinados por crimes".
"Estou
submersa, nadando com os escritores de todos os livros que estou lendo e
sugando o oxigênio das palavras".
"O
perdão é uma forma elevada de aceitação, um reconhecimento de que a vida não é
justa".
Citação
de Nina:
"Precisamos de livros que nos afetem como um desastre, que nos deixem profundamente tristes como se alguém tivesse morrido, alguém que amássemos mais do que a nós mesmos, como se nos perdêssemos de todos numa floresta, como um suicídio. Um livro tem que ser uma rachadura no oceano congelado que temos dentro de nós" (Franz Kafka, Carta para Oskar Pollak, 27 de janeiro de 1904).
"Precisamos de livros que nos afetem como um desastre, que nos deixem profundamente tristes como se alguém tivesse morrido, alguém que amássemos mais do que a nós mesmos, como se nos perdêssemos de todos numa floresta, como um suicídio. Um livro tem que ser uma rachadura no oceano congelado que temos dentro de nós" (Franz Kafka, Carta para Oskar Pollak, 27 de janeiro de 1904).
Livro: O Ano da Leitura Mágica
Autora: Nina Sankovitch
Editora: Casa da Palavra / Leya
Autora: Nina Sankovitch
Editora: Casa da Palavra / Leya
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