segunda-feira, 29 de junho de 2020

balada do fim do mundo

Por Ana Paula Perissé




acreditaria
que morremos flor
mesmo em solo
fértil?
há desmesura de nada conter
o imenso do que se finda.


morremos mata
morremos lua
mas separados


teu corpo de argila
e tua inexistência
pousam em meu corpo nu
e pesa;
brando, o tempo ainda
escorre nas paredes.


ser terra e dizer novamente
leva o tempo
do acaso
.
(éramos muitos
agora, ninguém)

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